2013年3月9日土曜日

Violência doméstica e escolar




    Sei que ando meio sumida e tenho me dedicado muito mais ao meu outro blog. Acho que é justamente porque desde que voltei de férias, em janeiro, tenho me deparado com alguns casos de arrepiar e, isto tem tirado um pouco a minha vontade de escrever. Mas, resolvi abordar um desses temas cabeludos.

Esse tema é um pouco pesado, mas desde que o ano de 2013 começou, não só ele veio à tona devido aos escândalos envolvendo alguns professores japoneses, como eu mesma tive que atender um caso de violência doméstica, de uma aluna de 8 anos de idade.
Apesar de eu ter vindo de uma geração que apanhava de cinta dos pais, eu não acho que bater seja a melhor maneira de fazer uma criança aprender. Acho uma ótima maneira de deixá-la com medo. E, essa prática, é muito usada na educação japonesa, cujo assunto já foi abordado aqui em posts anteriores.


 Porém, recentemente, parece que alguém acordou e decidiu colocar a boca no trombone. Além do caso do aluno que foi parar no hospital por causa da violência do professor, ontem também passou na tv um outro caso, de um aluno que vai ficar duas semanas internado devido aos ferimentos causados por seu inestimável mestre.
 É fácil controlar centenas de adolescentes?Não, não é, com certeza. Porém, creio que bater e humilhá-los, como é comum, sobretudo nas escolas ginasiais e de ensino médio japonesas, não seja a melhor forma.

Quando o caso do professor que batia no aluno apareceu nos meios de comunicação, logo depois, outro caso surgiu, também: o do treinador do time olímpico de judô, que batia em suas atletas. Porém, o que mais me assustou foi ver que realmente muitas pessoas aqui ainda acham esta prática não só comum, mas também, benéfica para os alunos.
Na tv japonesa eles têm abordado este assunto exaustivamnete e entrevistado diversas pessoas na rua.

Muitos dos japoneses entrevistados, tanto homens quando mulheres, de todas as idades, responderam que desde achavam necessário este tipo de “educacao” para que os alunos ficassem mais animados e apresentassem melhores resultados.
Até mesmo alunos jovens, de 17, 18 anos responderam que já tinham sofrido este tipo de violência por parte do professor, mas que se sentiam extremamente gratos, porque ele os preparou para a vida.
Na verdade, quem deveria fazer esse papel não é o professor, mas sim os pais. Só que estes papéis andam meio invertidos na sociedade japonesa. A maioria dos pais acha que a escola deve educar e preparar o filho para viver na sociedade, quando na verdade, deveria ser uma parceria, já que os dois tem papéis importantíssimos no desenvolvimento do caráter e da psiqué da criança. O mais engraçado é ver os pais brasileiros agindo da mesma forma, como se fosse os japoneses, achando que nós, na escola devemos saber de tudo que se passa com a criança e fôssemos seus empregados. Já ligaram para a minha casa perguntando se eu sabia onde estava o tênis do filho!!!Têm noção da coisa?


 Mas, não fugindo do assunto, é justamente por causa da inversão de papéis que os professores acabam ficando sobrecarregados, estressados e acabam, muitas vezes, apelando para a violência. Não estou defendendo os professores, mas nestes anos todos aqui eu sei que a maioria deles sofre vários problemas relacionados ao stress, estafa, síndrome do pânico, depressão, surtos psicóticos, etc. Um dos professores entrevistado confessou que não sabia como agir em determinadas situações e acabou enfiando a mão mesmo no aluno.
 Alguns pais, como já conversaram comigo, até autorizam o professor a bater no próprio fiho. Aí, já vai da mentalidade de cada um. Mas, muitos pais japoneses não têm essa mentalidade. Sem contar que este tipo de educação é a PEDAGOGIA DO MEDO, usada por quem não sabe ou não quer dialogar. Geralmente quem usa este tipo de pegagogia não os professores que se acham muito importantes e têm o rei na barriga. São incapazes de olhar o aluno como um ser humano que precisa da mesma coisa que ele: amor, compaixão, compreensão, carinho, conselhos. 

  Isso tudo, porque o objetivo da educação formal aqui no Japão não é educar e descobrir novos talentos. É apenas criar seres obedientes e que aguentam firme os xingamentos, torturas e humilhações. Eles precisam deste tipo de funcionário no futuro. Aquele que vai ficar na fábrica ou empresa mais de 15 horas por dia porque o chefe mandou e ele não pode questionar e nem dizer que a esposa e os filhos estão lá esperando em casa para jantar. Ele não só não pode questionar, como tambpem nunca aprendeu como fazer isso. Fruto da pedadogia do medo e da repressão que o país impõe e insiste em defender com unhas e dentes, não percebendo que os tempos são outros e que este é um modelo falhido. E assim, se forma, a nova geração dos kamikazes. Aqueles que se matam, não instantaneamente, mas aos poucos, se sacrificando pelos interesses e pela ganância capitalista de sua própria nação.

Um abraço e até a próxima!


1 件のコメント:

  1. Nossa! Achei q a ausencia de notas nos boletins teria a intencao de criar uma sociedade com uma auto estima elevada e mais humanizada, nao o contrario como percebi neste post, q pelo jeito mostra q estao criando robos semi analfabetos, para nao serem capazes de lutarem pelos seus direitos, creio que implicitamente esta sseja a intecao oculta da educacao q tentam implantar no Brasil, que forma semi ignorantes, e assim maquiam o analfabetismo, dando a impressao de que vivemos debaixo de um governo forte, mas q nada mais nada menos, criam uma populacao manipulavel e totalmente dependente de auxilios liberados pelo governo.

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